sexta-feira, 5 de abril de 2013

Morte Súbita

SINOPSE: Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas?



Vocês já devem saber, mas acho que vale a pena reforçar o pensamento coletivo: ao pegar Morte Súbita esqueça completamente a magia e aventura que tivemos ao lado do nosso querido bruxinho Harry Potter. J.K. Rowling aqui não poupa linguagem adulta para falar sobre ganância, inveja, sexo, drogas... Então esqueça a mágica e tente encarar a realidade de maneira crua e fria.
Coisas negadas, coisas não ditas, coisas escondidas e disfarçadas. (Página 291)
Após a Morte Súbita de Barry Fairbrother, uma vaga é deixada em aberto no pequeno conselho da cidade de Pagford e seus moradores ficam alvoroçados diante da possibilidade de ocuparem o cargo deixado. Assim, nesse primeiro momento nos são apresentados tais candidatos e entre outros personagens principais dessa trama, tudo meticulosamente detalhado e sem nenhuma presa por parte da autora, sob cada ponto de vista vamos conhecendo seus pensamentos, seus trabalhos, suas casas e familiares, bem como a relação entre eles e Barry. 

Por este motivo se você não gosta de descrições detalhadas, pode ter certeza que já no início você irá deixar esse livro de lado ou não. Morte Súbita é lento, quase como um diário cotidiano dos eventos pós-morte de Fairbrother e de todos os personagens sendo que nenhum deles é santo, todos estão no mesmo barco furado, ninguém se salva ali e todos escondem segredos, cada um tem os seus defeitos, muito feios por sinal. É como se cada adulto daquela cidade já estivesse condenado, você só vê a degradação humana, e o mais engraçado é que apesar de ser um livro de conteúdo mais maduro quem move a trama são os adolescentes.
Na sua opinião, o maior erro de noventa e nove por cento das pessoas é de ter vergonha de serem quem são, é mentir a esse respeito, fingindo ser alguém diferente. A honestidade era sua marca, a sua arma, a sua defesa. (Página 77)
Tudo o que é de feio que um ser humano pode ter, tais personagens tem: é o pai que bate na esposa e nos filhos, são aqueles personagens fúteis e mesquinhos, brigas de famílias ricas que não aceitam os de origem pobre, os que traem suas esposas ou maridos... As famílias são todas completamente desestruturadas e você observa claramente que os filhos estão sofrendo com isso. E assim, o livro vai se encaminhando para um lugar que ninguém sabe onde vai parar.
A gilete eliminava a dor daqueles pensamentos assustadores e a transformava numa ardência animal de nervos e peles: cada corte era um alívio, uma libertação. (Página 153)
O final foi totalmente inesperado, mas tão rápido que a conexão criada entre mim e a história desapareceu, virei a última página e foi quase como se eu tivesse apenas perdido tempo. Nada se acrescentou de importante na minha vida, ou talvez sim, mas inconscientemente. Gostei de talvez 80% da história, eu não aceitei o final, simplesmente não aceitei. É apenas uma questão de opinião, então descontem um pouquinho minha exaltação. 

Sendo assim, se procura por aventura, magia, romance, esqueça esse livros, risque ele da sua lista imediatamente. Morte Súbita é uma discussão sobre a capacidade do ser humano de se tornar cego, muitas vezes dentro de sua própria casa, de pessoas que só vivem de aparências, da ganância pelo reconhecimento e poder, de ricos que culpam os pobres... O caso é: seus personagens não foram feitos para agradar ninguém.

Mas quem suporta que algumas estrelas já morreram, pensou ela, piscando com os olhos para o céu; quem pode suportar saber que todas elas já morreram? (Página 4

5 comentários:

  1. obrigada pelo convite
    seguindo pelo g+
    pois nao achei a caixinha de seguidores rsrs
    parabéns pela dedicaçao
    sucesso
    bjs

    ellianeramos.blogspot.com.br/

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    Um bom motivo para você retirar o ‘captcha’ do comentário do seu blog:
    É A PREOCUPAÇÃO COM OS ‘DILEXICOS’ E O CARINHO COM SEUS SEGUIDORES!

    ‘DISLEXIA’?

    http://www.vinteepoucos.com.br/2012/10/campanha-no-captcha.html
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    Você ainda não sabe como retirar a ‘verificação de palavras’ nos comentários do seu blog?

    É só você clicar nesse link e seguir o passo a passo que você também consegue rsrs

    http://www.tonygifsjavas.com.br/pagina_verificar_nao_palavras_blogs.htm

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    DUVIDAS COM O BLOG?

    http://www.dicasblogger.com.br/

    Espero ter ajudado. Bjs *-*
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  2. Olá, entrei neste blog pelo convite do skoob e vi esse comentário que chamou minha atenção. Vou também remover as verificações de palavras no meu blog.

    Valeu, Elliane!

    Ah, Quesia, também sobre o livro. Acho a Rowling uma escritora fantástica, e essa questão de você estranhar o final, pode ser algo feito de propósito, para "quebrar" a narrativa tradicional. Não sei, fiquei curioso. Obrigado pela dica de leitura!

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    1. PENSANDO BEM Nerito CONCERTEZA ELA FEZ DE PROPOSITO, MAIS EU ESTOU COLOCANDO ELE PRA RELEITURA, QUEM SAB EU TENHA OUTRO VISÃO...OBRG...

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  3. Fiquei interessada por esse livro não tinha lido muito a respeito dele mas gostei bastante da sua resenha e já vai para a minha listinha!
    Muito bom.
    Beijos e seguindo...
    neversaynever-believe.blogspot.com.br

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    1. QUE BOM QUE VC GOSTOU DA DICA...NOSSA AMEI SEU BLOG...PARABENS LEETICIA

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